InspiraSer

REFINE SEU TOMATE

A técnica Pomodoro é uma técnica de produtividade, que inclusive pode ser aplicada com bastante sucesso também nos estudos, criada nos anos 1980 por um italiano chamado Francesco Cirillo, e foi assim batizada (Pomodoro = tomate em italiano) porque ele usava um relógio gastronômico em forma de tomate para realizar seus testes.

ENCARE O TRABALHO DIFÍCIL

Em um outro texto aqui no blog eu já expliquei o que é, e como se manifesta, a procrastinação. Agora que você foi lá, leu e entendeu, e já sabe identificá-la, vou te ensinar 3 passos que vão te ajudar a combatê-la. Passo 1 – Ter clareza Diante da dificuldade de se iniciar, ou manter, uma rotina de tarefas ou estudos, o primeiro passo é criar consciência e ter clareza sobre a “tarefa” a ser enfrentada. Então, se estiver nessa situação, pergunte-se: ⦁ O que eu preciso fazer ou estudar?⦁ Por que eu não gosto de fazer ou estudar essa tarefa ou matéria?⦁ O que eu perco se eu não fizer ou estudar essa tarefa ou matéria?⦁ O que eu ganho se eu fizer ou estudar essa tarefa ou matéria?⦁ Estou usando um método de trabalho ou estudo adequado? Passo 2 – Mentalizar Depois de ter desenvolvido consciência e presença sobre o que deve ser feito, o próximo passo é mentalizar o estado futuro que será alcançado. Assim, remova as distrações do seu ambiente de trabalho ou estudos, feche os olhos e: ⦁ Pense numa coisa, ou situação, que te deixe muito feliz;⦁ Respire profunda e calmamente por 5 vezes;⦁ Se envolva na emoção da felicidade do primeiro item e se veja realizando a tarefa, ou estudando a matéria, com o máximo de detalhes possíveis;⦁ Sinta a emoção de ter concluído a tarefa ou aprendido o assunto;⦁ Sinta a emoção de ter aplicado o que acabou de concluir;⦁ Sinta a emoção de ter conseguido o reconhecimento ou a sua aprovação. Adicionalmente você também pode criar uma frase de efeito (como um mantra, ou um grito de guerra) para ser utilizada em momentos de dispersão, de maneira a te reconduzir de volta aos trilhos. O minha frase preferida é, na verdade, uma pergunta: O QUE ESTOU FAZENDO AGORA ME LEVA PARA MAIS PERTO DA MINHA META OU ME MANTÉM DISTRAÍDO E AFASTADO DELA? (Fique à vontade para utilizá-la, se quiser…) Passo 3 – Realizar com inteligência Depois de ter preparado a sua parte emocional e psicológica para “atacar” a sua rotina de trabalho ou estudos, importa agora investir o seu tempo, sua energia e seu dinheiro com inteligência. Para expandir e retirar o máximo do seu potencial, não basta apenas sentar a “bunda na cadeira” por horas a fio sem uma estratégia. É preciso que você: ⦁ Planeje a sua agenda semanal. Sim. Sua agenda semanal, e não a diária, e há um motivo para isso. ⦁ Utilize alguma técnica de produtividade para te ajudar a aproveitar melhor o seu tempo. Eu uso, e recomendo, a técnica Pomodoro. ⦁ Utilize uma ferramenta fácil e intuitiva que te ajude a gerenciar o avanço, ou uma eventual estagnação, do seu progresso em direção às suas metas. ⦁ Utilize técnicas de estudo, leitura, memorização e revisão adequadas e efetivas. Para terminar, vou deixar com você algumas dicas adicionais para te ajudar a combater a procrastinação: ⦁ Procure começar a meditar, para acalmar a sua ansiedade e te dar consciência e presença para o que realmente importa. Nesse caso eu sugiro o Mindfullness. ⦁ Analise e ajuste seus hábitos. Eles podem te ajudar (virtudes) ou te atrapalhar (vícios). ⦁ Crie um ritual para sair, e se manter fora, da cama de manhã cedo, e não desperdiçar tempo precioso. ⦁ Peça ajuda para alguém te cobrar satisfação de como andam suas tarefas ou os seus estudos. Progredindo ou estagnado? ⦁ Eduque e discipline o uso de internet (redes sociais) e TV. ⦁ Utilize o senso de urgência e diminua seus prazos pela metade. ⦁ Mantenha o equilíbrio nas outras áreas da sua vida além dos estudos (amizades, relacionamentos, família, saúde, hobbies, sono, alimentação, …). Se você se esforçar para aplicar todas essas dicas, fatalmente se tornará uma pessoa altamente produtiva, que, além de entregar resultados consistentes, desperdiçará muito menos tempo e energia, utilizando-os para o que for mais importante.

PARE DE EMPURRAR COM A BARRIGA E SIMPLESMENTE COMECE

Você já deve saber que as únicas chances de se conseguir progresso e prosperidade de forma lícita (sem esquemas, maracutaias, propinas, etc) é estudando e trabalhando. E para se estudar, por exemplo, é fundamental que se consiga ler, e muito…! Mas se nós sabemos que estudar e trabalhar são imprescindíveis para progredir, inclusive do ponto de vista moral, por que resistimos tanto em continuar e, às vezes, até em começar? Por que às vezes parece ser uma tarefa grande demais para nossos ombros? Porque é da natureza humana a busca pelo caminho mais fácil, que poupe mais energia. Isso está no nosso sentido de conservação, que nos acompanha desde os primeiros dias da humanidade nesse planeta. Então, querer o resultado mais fácil, que está na nossa natureza primitiva, às vezes nos faz também querer antecipar os benefícios que teríamos lá no futuro já para o presente. E é aí que o problema se estabelece. Deixa eu explicar. “O EU DO PRESENTE, diante de uma tarefa importante, mas que trará resultados sólidos apenas num futuro próximo para o EU DO FUTURO, se sente desestimulado a iniciar e a cumprir essa tarefa quando percebe que pode antecipar os prazeres oferecidos por outra tarefa concorrente já no presente.” Exemplo: o EU DO PRESENTE tem que estudar várias páginas de uma determinada matéria para ter um bom resultado e ser aprovado num determinado concurso, mas se sente desestimulado a iniciar porque viu que hoje (justo hoje!!!) tem aquela partida tão esperada do seu time favorito. Então ele decide assistir ao jogo e deixar o estudo para mais tarde, antecipando o prazer proporcionado pela tarefa concorrente (e relativamente menos importante) para o PRESENTE, prejudicando o resultado do EU DO FUTURO (aprovação no concurso). Essa antecipação de recompensa resulta no que conhecemos como “empurrar com a barriga” a tarefa mais importante, e normalmente mais desafiadora. Outro nome que se dá a esse exercício de “empurrar” é PROCRASTINAR. Procrastinar faz parte da natureza humana. Todos nós procrastinamos. Inclusive eu que estou escrevendo esse texto. O problema maior é quando isso se torna um hábito e acaba por prejudicar nossos projetos, metas e sonhos… continue lendo para entender um pouco mais sobre PROCRASTINAÇÃO. Quais são os tipos de procrastinação? Eles podem ser reunidos nos três tipos gerais descritos a seguir:Consciente ou negociada: quando se negocia consigo mesmo um novo prazo (curto), com benefício para a organização de um fluxo de tarefas. Por impulso: com adiamento sem reflexão, mas com resultado no final. Crônica: com estagnação da evolução, perdendo a vida… Como é a mentalidade (Mindset) de quem procrastina? As principais desculpas para enrolar o início dos estudos são: passadinha na internet e redes sociais, falta de energia, preguiça, falta de tempo e parálise – paralisia por excesso de análise (“demoro a começar porque nunca termino de reunir todos os livros e cadernos, e nunca tenho todas as informações necessárias…”) No mesmo sentido, os três principais fatores que podem nos influenciar a querer realizar ou não uma determinada tarefa, são: Gostar da tarefaGostar da pessoa que demandou a tarefaTer um sistema de crenças (limitantes ou estimulantes) Mas, já que levantei a bola apontando o problema e suas causas, então deixa agora eu indicar um possível analgésico. Os 7 passos individuais contra a procrastinação Crie uma agenda de trabalho ou estudos. Determine a quantidade de trabalho ou estudo diária, e a traduza em termos de Pomodoros. Ajuste seus hábitos. Tenha clareza sobre a tarefa a ser realizada e as consequências de fazer ou não fazer. Bloqueie as interferências. Trabalhe ou estude com inteligência (sabendo dosar a quantidade de esforço e o tempo de dedicação). Acompanhe o desempenho e corrija o rumo, se necessário. Dicas adicionais Boa vontade para estudar ou trabalhar é diretamente proporcional à glicose no sangue, portanto, alimente-se de forma adequada. Mindset produtivo (mentalidade produtiva) também se treina!

OS DOIS MODOS DE PENSAMENTO

Durante muitas décadas os psicólogos tem se mostrado profundamente interessados nos modos de pensamento humano. Segundo os psicólogos Keith Stanovich e Richard West existem dois modos de pensamento possíveis, chamados de Modo 1 (ou Sistema 1) e Modo 2 (ou Sistema 2). O Modo 1 atua de forma automática e rápida, com pouquíssimo esforço e nenhum controle voluntário. É o modo operante quando observamos, por exemplo, uma determinada imagem de uma pessoa com características marcantes (alegria, tristeza, raiva, beleza, etc). Vemos a imagem e temos clareza sobre o que ela comunica. O Modo 2 atua colocando atenção nas atividades mentais laboriosas. É muitas vezes associado com a experiência subjetiva de escolha e concentração. É o modo operante quando nos deparamos com uma equação matemática complexa. Olhamos para aquelas letras e números e não temos a pronta resposta para ela, apesar de termos, provavelmente em alguns casos, uma boa noção dos resultados possíveis. Quando pensamos em nós mesmos, nos identificamos com o Modo 2, o Eu consciente, raciocinador, que tem crenças, faz escolhas e decide o que pensar e o que fazer a respeito de algo. Embora achemos ser o Modo 2 o centro das coisas, é o Modo 1 que pode determinar muito do nosso sucesso, ou fracasso, no dia a dia. O automatismo do Modo 1 gera padrões de ideias surpreendentemente complexos, mas apenas o Modo 2, mais lento, pode construir uma série de passos ordenados e dominar os impulsos gerados pelo Modo 1. As situações que ocorrem através do Modo 2, tais como dizer a alguém o número do seu telefone, ou manter uma velocidade de caminhada um pouco acima do que você normalmente faz, exigem atenção para terem êxito. Você não se sairá bem se não estiver preparado naquele momento, com presença e atenção plena ao fato. Por isso o uso do celular enquanto conversamos com alguém gera tanta dispersão e confusão. Quantas vezes você já não se pegou em dúvida sobre o que havia sido combinado com alguém enquanto você utilizava o celular para navegar nas redes sociais, por exemplo? A divisão de trabalho entre o Modo 1 e o Modo 2 é altamente eficaz, minimizando o esforço e o gasto energético. Basicamente, a maior parte do que você pensa e faz (Modo 2) origina-se no Modo 1, mas é o Modo 2 que assume o controle quando as coisas ficam difíceis. Existe conflito entre os dois modos de pensamento? O conflito entre uma reação automática e uma intenção de controlá-la é bastante comum em nossa vidas. Todos nós, de uma maneira ou outra, já passamos por situações em que tivemos que frear nosso impulso em prol de uma convivência mais harmoniosa (não mandar alguém para o inferno, por exemplo), ou mesmo forçar nossa atenção em algo que não nos parecia agradável, mas que era importante ou necessário (estudar uma matéria que não nos era muito simpática, por exemplo). Um das tarefas do Modo 2 é dominar os impulsos do Modo 1, funcionando como um freio ou filtro, estabelecendo o autocontrole. Além destes conflitos inevitáveis, podemos ainda ser acometidos por ilusões especiais do pensamento, também chamadas de ilusões cognitivas. Uma ilusão cognitiva refere-se ao tipo de ilusão que distorce o nosso conhecimento e as nossas suposições em relação a algo. Para reduzir o risco de sermos envolvidos pelas ilusões cognitivas, e tomarmos decisões ruins, o melhor que podemos fazer é aprendermos a reconhecer situações em que os enganos são prováveis e nos esforçarmos mais para evitar enganos significativos quando há muito em jogo. Afinal, questionar 100% do tempo os nossos pensamentos é impraticável e insuportável, e o Modo 2 de pensamento é vagaroso demais para substituir o Modo 1 na tomada de decisões rotineiras.

O BERÇO DA AGILIDADE COMO FILOSOFIA PRÁTICA DE VIDA

O ano de 2020 trouxe muitos ensinamentos para todo o planeta. Sem dúvida alguma foi um ano marcante para todos nós, e acredito que não deva ser esquecido, ou cancelado, como muito se comenta, ainda que em tom de brincadeira… Pelo contrário, deve ser lembrado sob a perspectiva destes ensinamentos que nos ofereceu. O ano de 2020, com o episódio iniciado da COVID-19, nos deu uma prova inconteste, especialmente para os céticos, que o tal Mundo VUCA existe mesmo. Sentimos na pele, em pouco espaço de tempo, todos os efeitos e sintomas desse arranjo especial de coisas tendente ao caos. Conhecemos de perto, e ainda estamos experimentando, a volatilidade, a incerteza, a complexidade e a ambiguidade (os sintomas que compõe o acrônimo em inglês de V.U.C.A). Em vários dos cursos, oficinas e palestras que facilito através da Escola InspiraSer, quando esse assunto é importante para o contexto do treinamento (e quase sempre o é), gosto de explicar uma breve linha do tempo que construí e descrevo a seguir: O mundo pós Segunda Guerra Mundial assistiu a uma bipolarização silenciosa do poder, dividido entre Estados Unidos da América (EUA) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), ou, entre Americanos e Russos, ou, entre o Capitalismo e o Socialismo. Essa queda de braço silenciosa, cheia de ameaças e sem agressão real, recebeu o nome de Guerra Fria e teve um dos seus últimos e derradeiros atos em 1989, com a queda do muro de Berlim, que representava o início do fim do “período frio”, com a unificação das duas Alemanhas (Ocidental e Oriental). Naquele momento a inteligência militar americana já percebia um movimento global tendendo a um arranjo caótico das coisas, em cenários de bastante volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, com muita imprevisibilidade, ao qual deu-se o nome de Mundo VUCA. Esse fenômeno sócio-termodinâmico de tendência ao caos foi potencializado em seu início pelo advento da internet, criada nos idos de 69 como uma ferramenta militar (sob a atmosfera da Guerra Fria) e depois aberta ao mundo civil na década de 90 (através da criação dos navegadores www). A internet definitivamente revolucionou o mundo e como o percebemos, e isso acelerou ainda mais o Mundo VUCA, pois deu acesso à quase toda a informação disponível, além de ter dado voz a quem até então estava à margem, democratizando o acesso e a participação de todos. Se a internet potencializou o Mundo VUCA, a meu ver, o grande evento que o tangibilizou foi o atentado às torres gêmeas do WTC, em Nova Iorque, em 11/09/2001. Naquele momento ficou claro para o mundo, mas especialmente para os EUA, que as coisas haviam irreversivelmente mudado, e os novos problemas demandavam novas ferramentas e abordagens para soluções realmente efetivas. Mesmo assim o Mundo VUCA, até então, poderia soar apenas como uma realidade paralela e distante, presente apenas em um livro de ficção e do qual poderíamos nos distanciar se assim o quiséssemos. O fato de alguém não acreditar nesse novo estado das coisas não exime essa pessoa das consequências dessa realidade. Acreditando ou não, você, eu – todos nós – estamos sujeitos aos seus efeitos, que, dependendo de como pensamos, enxergamos e nos portamos, podem ser uma grave ameaça ou uma espetacular oportunidade. Vários estudiosos da educação e do comportamento humano, incluindo o Dr. Tony Wagner, da Universidade de Harvard, são concordantes de que um remédio adequado para o bom combate às consequências do Mundo VUCA (transformando as ameaças em oportunidades) é o reconhecimento e o desenvolvimento de habilidades especiais, subjetivas, relacionais e transversais, chamadas de Soft Skills. Entre as principais, elencadas por Tony Wagner, estão: Análise Crítica e Capacidade de Resolver problemas; Colaboração em Rede; Agilidade e Adaptabilidade; Iniciativa e Empreendedorismo; Comunicação Oral Eficaz e Curiosidade e Imaginação. Entendo a agilidade, objeto deste texto, como sendo a filosofia prática de se utilizar ferramentas adequadas, e uma mentalidade nova, que busquem criar valor constante para as pessoas (clientes ou não) colocadas no centro do interesse e decisão. Contrariando o senso comum, a agilidade não pressupõe rapidez, porém, por incansavelmente buscar simplificar as coisas e eliminar desperdícios, acaba resultando nela. Isso mostra claramente o poder de desembaraço representado pelo desenvolvimento de uma mentalidade de agilidade e adaptabilidade (somada às outras soft skills), com a aplicação dos seus conceitos no dia a dia comum – no trabalho e na vida social – de modo que a repetição, com clareza de porquês e entendimento das coisas, produza resultados muito melhores para todos, nos capacitando a enfrentar de maneira mais adequada todos os desafios deste Mundo VUCA, que certamente não se encerrará com o fim da pandemia de COVID-19. Sabe aquela frase bastante usada durante os primeiros meses da pandemia, “O novo normal…”? Pois é…

CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E JUSTO

Muitas são as variáveis associadas ao desafio de conciliação entre desenvolvimento, sustentabilidade e justiça, pois importa considerar particularidades e generalidades que vão além do Triple Bottom Line. Particularidades, por exemplo, de pessoas que estão em níveis diferentes da “pirâmide de Maslow”, e que, por isso mesmo, têm fomes e necessidades diferentes… Generalidades da globalização que agora conectam consequências de atos antes tidos como isolados, pois a ação ao sul também reverbera ao norte e vice-versa. É preciso mais que entender. É preciso sentir que “caminho” implica em “durante”, em “fazer junto”. O sustentável não é algo pronto, à mão na prateleira. Precisa ser construído, pois a natureza não dá saltos e todo resultado de violência e rupturas drásticas é por si só inconsistente, pois implica quase sempre em imposição. Precisamos moralizar nossa conduta de tal modo que entendamos que nos encontramos num ambiente altamente sinergético, onde toda ação implica em uma consequência. Logo, precisamos renunciar ao “eu individual” e assumir o “eu coletivo”, deixando de lado o nosso ego e valorizando a nossa essência verdadeira – aquela em conexão com o equilíbrio das coisas – agindo minimamente da forma que gostaríamos que agissem conosco e com o que usufruímos. Não somos proprietários de nada material. Somos meramente depositários de todos os recursos, e como tal, temos responsabilidades solidárias. Não é possível perseguir o desenvolvimento com base no “crescimento pelo crescimento”, sem marginalizar muitos dos atores envolvidos no caminho. Todos têm direito à recompensa, independente de em qual momento se encheram de clareza e se apresentaram para o esforço. Pareto, neste caso, e pelo bem do equilíbrio, tem que ser contrariado – uma minoria não pode concentrar os benefícios. Há que se continuar o fomento das discussões em torno do tema, envolver mais pessoas, ampliar a comunicação e a informação, quebrar paradigmas vigentes e derrubar modelos mentais enferrujados. Os responsáveis, seja pela descoberta, pela inovação ou pela adaptação, têm que se posicionar, pois a aldeia global está remando no mesmo barco, e na meritocracia verdadeira, quem sabe mais e é maior, tem compromisso com quem sabe menos e é menor. É preciso repensar nosso condicionamento de sempre decidir pelo menor esforço e no curto prazo. A felicidade real, construída através da valorização do simples, e pelo repouso da consciência tranquila, tem que entrar na contabilidade da “riqueza interna bruta” de todas as nações. Estou iludido quando acho que a concentração de riqueza, poder e recursos, a qualquer custo (especialmente se for para mim) garante o meu interesse. Estamos todos conectados e a termodinâmica nos faz lembrar que os sistema sempre vai reagir de forma a restabelecer o equilíbrio das coisas. Sou do tempo em que status corporativo significava vaga de garagem demarcada para um carro novo, conquistada através dos sucessivos alcances de metas e indicadores estratégicos. Hoje, quem “manda bem” é aquele que pode abrir mão de trabalhar na sexta para cumprir uma agenda pessoal, individual ou com a família, sem se sentir culpado. A qualidade de vida, ao meu ver, deve ser sempre colocada num plano importante. Pense nisso.

LIDERANÇA INCLUSIVA

A liderança, muito mais que um cargo formal, é largamente entendida atualmente como sendo a habilidade de motivar e influenciar pessoas em prol de um objetivo. Essa clareza foi muito importante para diferenciar chefes de líderes, de modo a avançarmos do sistema de “Comando e Controle”, passando pela segunda geração compreendida pelos sistemas de gestão de qualidade (Six Sigma, BSC, etc) – mas ainda muito orientados para os gestores, até chegar na terceira onda, representada pelo Management 3.0. O Management 3.0 (M3.0) é um modelo de gestão que tem como base o pensamento complexo. Ao invés de focar em hierarquias e cargos, prioriza a maneira como as pessoas se comportam e se relacionam. Dessa maneira, as organizações passam a ser enxergadas como grandes redes de relacionamento entre pessoas. Essa visão trazida pelo M3.0, para que tenha o máximo de efetividade, deve ainda incluir uma sensibilidade adicional para as organizações, de qualquer tipo e tamanho. É preciso que as lideranças dessas organizações tenham o compromisso com a diversidade, incluindo diferentes públicos em várias áreas e níveis hierárquicos, de modo a alcançar a representatividade. Como se trata de um compromisso de garantir a presença de diferentes públicos e promover uma cultura capaz de acolher, reter e desenvolvê-los, é muito importante que estes líderes tenham atenção ao seu papel, sob as perspectivas de autodesenvolvimento para a inclusão e das atitudes a adotar em relação à sua equipe e à organização. Autodesenvolvimento da liderança para a inclusão Existem várias formas de se buscar esse autodesenvolvimento, dentre as quais podem ser citadas: Exercitar a capacidade de se comunicar de forma empática, tendo o cuidado para não generalizar as situações utilizando a experiência pessoal e pedindo a contribuição dos diversos grupos de pessoas, independente da hierarquia que ocupam. Ter coragem para promover a diversidade promovendo mudanças, pois a história de desigualdade social do nosso país é também geralmente refletida no ambiente de trabalho, e essa mudança não acontecerá naturalmente, precisará o querer e o fazer da liderança. Estar aberto a novidades, pois provavelmente a liderança terá que lidar com questões ainda não familiares, ou que ainda não são compreendidas por ela. Nesse sentido, reduzir o receio de lidar com essas novas questões e diferenças é muito importante. Ter disponibilidade para reconhecer erros, pois a experiência pessoal da liderança inevitavelmente irá influenciar em suas tomadas de decisões, e muitas vezes essa experiência traz preconceitos que precisam ser reconhecidos e trabalhados. Atitudes a serem adotadas em relação à sua equipe e à organização Esse ponto trata da aplicação do autodesenvolvimento da liderança, citado no item anterior, no dia a dia das equipes e da organização. A seguir são listadas algumas situações importantes que devem receber atenção: Contratação de pessoas, garantindo que haja um funil de seleção com representatividade quali-quantitativa dos vários grupos, com critérios imparciais, que não sejam específicos para apenas um deles, pois apesar de ser um ponto chave, as organizações não devem abrir mão do mérito apenas para que se garanta a representatividade. Definição de metas e objetivos, de maneira clara e participativa, utilizando o método OKR (Objectives and Key Results) para que todos no time estejam cientes da sua contribuição individual e do impacto global de suas ações. Essa definição também é muito importante para que se possa avaliar constantemente, na frequência combinada, a relevância do esforço empreendido. Distribuição de responsabilidades e avaliação de desempenho de forma a garantir a mesma oportunidade de desenvolvimento a todos os grupos, aplicando processos avaliativos imparciais, claros e transparentes, cuidando sempre do feedback. Condução de reuniões de trabalho buscando o equilíbrio de participação dos vários grupos representados e garantindo a segurança psicológica necessária para que todos possam contribuir, manifestando suas ideias, sem serem interrompidos ou diminuídos. A liderança deve trabalhar para desestimular e coibir atitudes discriminatórias entre os membros da equipe. Gerenciamento dos múltiplos pontos de vista da equipe de maneira atenciosa e aberta, ouvindo com empatia e encorajando debates produtivos para que não se tornem conflitos e gerem prejuízos, tanto para os profissionais quanto para as organizações. É a partir desse esforço pessoal e profissional constante da liderança que as perspectivas da diversidade e inclusão poderão ser introduzidas nos processos e nos pontos de contato com a equipe, influenciando na presença, na retenção e no desenvolvimento dos colaboradores dentro da organização.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL VIVENCIAL COMO DIVISORA DE ÁGUAS

É sabido que uma forma de se reduzir, ou minimizar, os impactos negativos do crescimento urbano é a adoção de práticas que tenham como objetivo preservar, conservar e recuperar o meio ambiente, de forma a contribuir para um desenvolvimento equilibrado e comprometido com uma melhor qualidade de vida para a população. A partir desta necessidade real, e uma vez que os municípios geralmente carecem de iniciativas com esta vocação, a implantação de um espaço para EDUCAÇÃO AMBIENTAL VIVENCIAL – EAV se torna decisivo para o bom enfrentamento das pressões atuais de desequilíbrio entre as questões sociais, ambientais e econômicas instaladas. O principal objetivo de se criar um Espaço EAV, uma modalidade inovadora de “Centro de Educação Ambiental”, é oferecer uma experiência em educação ambiental vivencial, ESPECIALMENTE ORIENTADA PARA O PÚBLICO JOVEM EM IDADE ESCOLAR, e de forma mais abrangente, para toda a população interessada e que esteja dentro do raio de abrangência física, direta e indireta, desse Espaço. O grande diferencial desta proposta está no método pedagógico vivencial, que permitirá ao visitante experimentar na prática os conceitos teóricos de meio ambiente e sustentabilidade e, a partir daí, disseminar, multiplicar e reeditar o conhecimento adquirido em sua realidade local. Abandona-se então a postura passiva do escutar e adota-se a postura proativa do criar… Além da vivência experimental, o Espaço EAV deverá oferecer também outras ações de interação e utilidade, como palestras, seminários, oficinas e cursos de capacitação, de modo a possibilitar o envolvimento de diversos agentes da comunidade local, tais como educadores e instituições públicas e privadas de ensino. As escolas passam então a ser protagonistas neste modelo de Educação Ambiental. Para a efetivação destas atividades pensadas, há também que se viabilizar um espaço físico com instalações adequadas, e quase sempre diferentes do convencional, que possam atender de forma integral a todo o público alvo da proposta, e que seja customizado, no detalhe, segundo as necessidades e a realidade local de onde será construído. A iniciativa privada passa então a ser uma potencial parceira deste modelo de Educação Ambiental. Premissas da proposta de construção de um Espaço EAV: Escolha da área onde serão construídas, ou aproveitadas, as instalações privilegiando-se a facilidade de acesso por modal de transporte mais sustentável conjugada com a possibilidade de reutilização de áreas degradadas do município. Aplicação da melhor técnica, no melhor custo, para a construção ou reforma de adequação das instalações, considerando: a utilização prioritária de materiais reaproveitados e/ou reciclados gerados no município; A facilidade de uso, acesso e a possibilidade de replicação das tecnologias pelo público visitante em suas comunidades de origem e ainda a utilização de conceitos de Permacultura. Utilização de fornecedores e parceiros prioritariamente locais e comprometidos com boas práticas de sustentabilidade. Contratação e desenvolvimento de colaboradores que se afinizem com os VALORES do Espaço EAV e que prioritariamente residam próximos à Sede do projeto; Criação de parceria com a comunidade local através da doação de benefícios ambientais e da possibilidade de geração de renda derivada dos princípios da boa gestão ambiental; Criação de parceria com o poder público local para iniciativas na área de educação; Utilização racional e otimizada dos recursos naturais, renováveis ou não, aplicando sempre o protocolo da régua de prioridade de ação da Política Nacional de Resíduos Sólidos: “Não gerar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Tratar e Destinar”. Utilização de metodologia adequada para a neutralização da pegada ambiental nas fases de implantação e operação do projeto; Utilização da meritocracia nas relações do Espaço EAV com seus colaboradores, fornecedores e parceiros; Utilização de Plano de Marketing adequado; Utilização e difusão dos princípios da Gestão do Conhecimento; Utilização de Planejamento Estratégico por OKR e Avaliação de Desempenho por Indicadores e metas; Utilização do Modelo de relatório GRI para a publicação de resultados e aprendizados. Se houver boa vontade e a correta canalização de esforços e recursos, o modelo do espaço EAV poderá nascer e se multiplicar rapidamente, visto que enxerga as necessidades locais do público alvo, que passa a ter papel ativo, e acolhe a colaboração de parceiros comprometidos com a vivência da sustentabilidade.

INACREDITAVELMENTE AINDA EXISTEM LIXÕES NO BRASIL

Com o marco histórico da publicação da Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, a ação de recuperação das áreas utilizadas como lixões e aterros controlados passou a ter prazo máximo originalmente fixado em quatro anos (2014). Em 2015 foi criado um Projeto de Lei (PL 2506/2015) que tinha o objetivo de formalizar o adiamento desse prazo máximo. Segundo a redação deste projeto, os prazos limites para erradicação dos lixões seriam então: Até 02/08/2019, para municípios com mais de 100 mil habitantes.Até 02/08/2020, para municípios com menos de 100 mil habitantes. Mas inacreditavelmente, nada foi resolvido até a presente data (janeiro de 2021)! Lerdeza legislativa à parte, e em comemoração à essa indefinição que tende a produzir nenhum resultado efetivo, dediquei algumas linhas sobre um possível roteiro de solução tecnológica para o problema. Choque de realidade É sabido que as ações atualmente empregadas para a recuperação ambiental destas áreas críticas (lixões) têm pouca profundidade técnica e alcance efetivo, pois resumem-se quase sempre a uma “maquiagem” do problema, com terraplanagem do monte de lixo (uma espécie de ajeitada e embelezamento mesmo), construção de estruturas para drenagem da água de chuva e drenagem precária dos gases gerados, aplicação de cobertura final com solo (terra) e vegetação (normalmente capim), além de ações de melhorias paisagísticas (algumas árvores plantadas e até mesmo flores). Porém, a matéria orgânica (que é o que apodrece e gera o chorume) ainda permanece sem controle e contenção, contaminando e impactando o solo e as águas. Parte desta inação deve-se à falta de vontade política e de visão de futuro, e parte, à falta de bons projetos para acessarem recursos de financiamento para um programa eficiente de remediação ambiental destes lixões. Este tema, diante no novo olhar oferecido pela publicação da Política Nacional de Resíduos, passou a merecer atenção de todos os setores, pois o investimento em saneamento básico – tratamento de lixo e esgoto (PREVENÇÃO) claramente reduz o gasto com remédios e hospitais (CORREÇÃO).  Sugestão de um possível Programa de Remediação Ambiental para lixões Este Programa de Remediação Ambiental poderia ser dividido em três fases, que se complementam: 1ª Fase – Remediação Sócio-econômica Aplicável a cenários onde ainda existam famílias, ou pessoas, que sobrevivam e dependam financeiramente da recuperação econômica direta de resíduos descartados nos lixões. Envolveria o fechamento da área, a retirada destas pessoas e seu encaminhamento para outras atividades que permitissem sua inclusão socioeconômica. 2ª Fase – Remediação Físico-sanitária Aplicável a todos os cenários, pois implicaria na mineração dos resíduos dispostos nos lixões, com foco primário na remoção dos resíduos do solo não protegido e eliminação dos problemas associados a doenças epidemiológicas. O foco secundário seria na recuperação dos materiais recicláveis para o ciclo produtivo ($$$$) e na recuperação da matéria orgânica mineralizada (já transformada em composto orgânico para aplicação direta). O grande desafio desta fase do projeto estaria no desenvolvimento da melhor sequência tecnológica para a mineração dos resíduos, considerando as melhores condições de segurança e controle ambiental, segundo as características de cada lixão em estudo. 3ª Fase – Remediação Hidrogeológica Aplicável a quase todos os cenários devido ao alto poder de infiltração, e contaminação do solo e água subterrânea (“lençóis freáticos”), do chorume produzido pela decomposição da matéria orgânica lançada irregularmente no solo ao longo do tempo. A confirmação seria feita por diagnóstico que avaliaria, entre outros itens, o tempo de atividade do lixão, a metodologia de sua operação e as evidências percebidas pela análise físico-química da qualidade do solo e da água subterrânea no local. Para esta fase poderiam ser utilizadas quaisquer das técnicas atualmente conhecidas de remediação (talvez a oxidação química seja a mais aplicável), ou outra que ainda pudesse surgir, desde que não se perdesse a visibilidade da melhor relação custo X benefício. Solução existe. Recurso também existe. Já passamos por pouco mais de um ano da data de vencimento do segundo adiamento do prazo final para erradicação dos lixões. Alguém duvida que o cenário de restrição econômica vigente no país vai ser uma ótima justificativa para outro(s) adiamento(s)? Infelizmente perderemos todos nós.

JÁ QUESTIONOU O MUNDO HOJE?

Segundo Adam Grant, em seu livro “Originais” (Sextante, 2017), já há algum tempo os psicólogos descobriram que existem duas maneiras para se alcançar a realização: o conformismo ou a originalidade. Conformismo significa seguir a multidão, percorrendo os caminhos convencionais e mantendo o status quo. Originalidade é tomar o caminho menos trilhado, defendendo um conjunto de ideias novas que contrariam o pensamento corrente mas que, no fim, resultam em algo melhor. A originalidade envolve perceber, introduzir e impulsionar uma ideia que seja relativamente incomum em determinada área para que ela possa se beneficiar disso, e a raiz da originalidade encontra-se na criatividade: a criação de um conceito que seja ao mesmo tempo novo e útil. Mas não é só isso! Pessoas originais são aquelas que tomam a iniciativa de transformar sua visão em realidade. Pessoas originais são aquelas que saltam do campo teórico para a aplicação prática. Mas como podemos nos tornar mais originais? Não faz muito tempo, uma pesquisa conduzida pelo economista Michael Housman mostrou que uma parte dos funcionários que trabalhavam com atendimento a clientes (Call Centers) mostrava-se apática e em pouco tempo se desligava da empresa. As causas para esse comportamento não estavam claras para o pesquisador, mesmo depois de vários cruzamentos de informações e testes de hipóteses. Porém, a explicação pareceu emergir do improvável: os dados coletados mostravam que os funcionários que usavam os navegadores Firefox o Chrome para navegar pela rede permaneciam 15% mais tempo no emprego do que os que usavam o Internet Explorer ou o Safari. A explicação para esse comportamento estava no fato de que para se usar os navegadores Firefox e Chrome os funcionários tinham que tomar a decisão de não usar os navegadores padronizados (Explorer ou Safári, que já vinham originalmente instalados nos sistemas da Microsoft e Apple, respectivamente). Essa decisão era motivada por um comportamento questionador e os obrigava a se movimentar fora da sua zona de segurança, o que refletia também no aumento do interesse e do engajamento no trabalho, em busca de melhorias contínuas, tornando as rotinas de atendimento mais interessantes e o emprego, mais longevo. Da mesma forma que quase dois terços daqueles profissionais de atendimento usavam os navegadores que vinham por padrão em seus computadores, muitos de nós aceitamos o que é “padrão” em nossa vida, e isso, definitivamente, não nos incentiva a ser mais originais. A originalidade não é uma característica fixa ou inata. É uma escolha. Há pouco tempo o Google vivenciou isso na própria pele… Muitos funcionários eram tão dedicados ao “Ícone Google” que aceitavam o trabalho como um padrão inquestionável, vez que consideravam suas tarefas e interações profissionais algo fixo e imutável, não permitindo ajustes e adaptações. Algo similar ao equilíbrio de forças de Porter: “quem sou eu para questionar o Google…?” Também neste sentido, John T. Jost (Psicólogo pesquisador da Universidade de NY) em janeiro de 2003 escreveu e publicou que as pessoas que mais sofrem com determinadas situações são, paradoxalmente, as menos propensas a questionar, desafiar, rejeitar e mudar esse estado de coisas. Encontrar justificativas para os sistema corrente (mesmo que nos desagrade) serve de consolo. É como um analgésico emocional: “se é assim que o mundo deve ser, não precisamos ficar descontentes com ele”. Mas a transigência e o conformismo também nos rouba a indignação moral necessária para buscarmos modos alternativos, e mais justos, de funcionamento do mundo. Do ponto de vista do progresso e da capacidade de realização, o que distingue as pessoas originais é sua insatisfação e rejeição pelo que é padronizado e aceito como convencional, buscando sempre opções melhores, sob uma perspectiva nova, que os permitam ter novas ideias em relação a velhos problemas. Quando nos tornamos curiosos em relação às convenções insatisfatórias do mundo, nos aprofundando no seu estudo e observação, fatalmente descobrimos que a maioria delas tem origens sociais, pois as regras e os sistemas são criados por pessoas. E é essa consciência e clareza que pode nos dar a coragem para refletir sobre como podemos mudar o estado insatisfatório das coisas… À medida que o movimento sufragista (que lutou pelo direito da mulher ao voto) ganhou força, um número crescente de mulheres começou a perceber que os costumes, o preceito religioso e a lei eram, na verdade, criações humanas e, portanto, reversíveis.

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